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Por Sandro Magister 07/04/20 -
Tr. Marcos Fleurer.
Quando em Roma todavia era de noite, hoje terça 7 de abril o tribunal supremo da Austrália sentenciou por unanimidade revogar a condenação do cardeal Pell e deixá-lo imediatamente em liberdade. Na foto se vê ele enquanto abandona o cárcerere de segurança máxima de Barwon, perto de Melbourne. Por fim poderá celebrar sua primeira missa após 14 meses de reclusão.
Os sete juízes do tribunal supremo motivaram sua decisão baseados na “possibilidade racionável de que o relato não tenha acontecido e que, por conseguinte, exista uma dúvida razoável de que se esteja condenando a um inocente”.
O cardeal Pell sempre sustentou sua inocência e agora disse que “a única base da justiça é a verdade, porque justiça significa verdade para todos”.
A sentença coloca fim a sete anos de processos, postos em marcha em 2014 a partir de uma investigação da polícia de Vitória e acelerados em 2017 quando surgiram as acusações, em parte sobresaídas, sobre supostos atos que haveríam sucedidos à muitos anos atrás. Pell abandonou Roma e se transladou a Melbourne onde, em 2018, fue processado e condenado a seis anos de prisão basendo-se na acusação de uma pessoa somente cuja identidade nunca se fez pública. O cardeal disse que não sente nenhum rancor para com essa pessoa.
A condenação foi confirmada na apelação por dois de três juízes. Agora, esta sentença foi totalmente anulada pelo tribunal supremo.
O passo seguinte é que o cardeal Pell deverá enfrentar um processo canônico ante a congregação para a doutrina da fé, ao haver concluído todo o processo recorrido da justiça secular.
Contudo, precisamente a sentença do tribunal supremo australiano, que estabeleceu a incoerência e inconsistência das acusações apresentadas contra o cardeal, podería facilitar que a sentença do processo canônico fora favorável a Pell.
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