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As palavras de um maestro.

adsacram

Atualizado: 17 de jul. de 2020


Por Ad Sacram / 11/07/2020.

Ennio Morricone (1928-2020), falecido no começo desse mês, enquanto se recuperava de uma queda que ocasionou uma lesão no fêmur. O grande Maestro era um compositor célebre, conhecido sobretudo pela trilha sonora do filme "Missão" ou "Cinema Paradiso".


Em 2009, o compositor católico deu uma entrevista a Edward Pentin, na qual defendeu com unhas e dentes o canto Gregoriano: 


«Eu tenho uma opinião bastante boa do Papa Bento XVI. Parece ser um Papa de espírito muito elevado, com uma grande cultura e também uma grande força. Ele quer muito corrigir os erros [litúrgicos] que existiram e continuam a existir, e tentou corrigi-los logo uns dias após ser eleito. 


Hoje, a Igreja cometeu um grande erro, atrasando o relógio 500 anos com guitarras e músicas populares. Eu não gosto nada disso. O canto Gregoriano é uma tradição vital e importante da Igreja, e desperdiçá-lo para ter gente que mistura palavras religiosas com músicas profanas Ocidentais é muito grave, muito grave. O mesmo aconteceu antes do Concílio de Trento, quando os cantores cantavam cânticos profanos com melodias e palavras sagradas. (...)


Apoio tanto a Missa em latim como na língua nacional de um país. Mas sou frontalmente contra e não concordo com misturar música profana e secular com palavras religiosas na Igreja ou misturar música religiosa com um texto profano e secular.


Depois do Concílio Vaticano II, fui convidado para ser consultor do Vicariato de Roma, para produzir duas peças de música cantada de Igreja, e recusei. A Igreja e os Cristãos têm o canto Gregoriano mas disseram-me que agora tínhamos que ter outra música, e então recusei. Todos os músicos em Roma também se recusaram a trabalhar nisso.»



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