Francisco: “Uma homilia não deve durar mais de dez minutos.”

Por Infovaticana/ Ad Sacram 15/09/21.

O Papa Francisco no encontro com o clero eslovaco ontem em Bratislava.

Falando em pregação, o Santo Padre mencionou que alguém lhe havia dito que na Evangelii gaudium - a exortação apostólica que serve de roteiro para o pontificado de Francisco - ele se deteve “demais no tema da homilia”; a verdade é que ele dedicou nove pontos a essa questão em um documento com 288 números: uma porcentagem considerável.

Para o pontífice, a homilia "é um dos problemas desta época". “Sim, a homilia não é um sacramento, como alguns protestantes afirmam, mas é um sacramental”, disse ele. «Está no coração da Eucaristia», acrescentou.

O Papa destacou que devemos pensar nos fiéis “que devem ouvir homilias de 40, 50 minutos, sobre temas que não compreendem, que não os tocam”. “Por favor, sacerdotes e bispos, pensem bem sobre como preparar a homilia, como fazê-la entrar em contato com o povo, e se inspirem no texto bíblico”, pediu Sua Santidade.

“Uma homilia, normalmente, não deve durar mais de dez minutos, porque depois de oito minutos as pessoas perdem a atenção, a menos que seja muito interessante. Mas o tempo deve ser de 10-15 minutos, não mais ”, indicou o pontífice.

Um professor de homilética que Bergoglio teve, lhe havia dito que uma homilia deve ter coerência interna, “deve ter uma ideia, uma imagem e um afeto”; que as pessoas saiam com uma ideia, com uma imagem e com algo que comove seus corações, lembrou o Papa.

A proclamação do Evangelho é tão simples! E foi assim que Jesus pregou, que usou a imagem dos pássaros, dos campos, disso ou daquilo, as coisas concretas, o que as pessoas podiam entender. Desculpe-me se volto a isso, mas isso me preocupa ”, explicou o Papa, que foi aplaudido por essas indicações.

“Me permitam uma maldade os aplausos foram iniciados pelas freiras, que são vítimas de nossas homilias!”, Exclamou Francisco em tom de brincadeira.

Não é a primeira vez que o Papa recomenda que a duração das homilias não ultrapasse poucos minutos, como quando esteve na Sicília . No entanto, certamente os nossos leitores podem verificar, como nós, que neste campo o Pontífice não é obedecido pelos padres e atrevo-me a dizer, sobretudo, pelos bispos.

Por favor, queridos prelados, queridos sacerdotes, sigam as recomendações do Papa a este respeito.